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Madrugada

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Frio, as portas da cidade
Abrem-se à luxúria da morte.
De entre a passada leve e sombria da alma
A ténue luz da manhã nasce com novas sombras,
Novos amuletos de sonhos em mausoléus.
As portas da cidade abrem-se
E o cheiro a podre
Esconde-se detrás do fumo.
A calçada chora as horas perdidas
E a solidão queima As pálpebras da esperança
O vento invade os olhos da dor.
A lua indecisa
Deixa morrer a última fagulha do desejo
Que ateia o Sol em mais um dia de fraquesa.
Já faltam as horas de pensar e de ser.
Escoam nos espelhos
Pedaços da alma que não tenho.
Perdida, está a fonte
Da eterna devoção e fidelidade.
Sorte é o que nos espera a estrada,
Em que os sons fatais acalmam a dor.
Quando se for,
Não haverá nada para contar a solidão.
Só esperar o amarelo ofuscante
Da madrugada que eu não esperava...
Uma madrugada solta como as que temos tanta vez... 7.40 a.m. na cidade...
© 2008 - 2024 Raimund0
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